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23 junho 2015

O vampirismo




  A origem dos vampiros está diretamente ligada ao  judaísmo cristão  Caim e Abel. Diz-se que Caim, após a morte de Abel, fora amaldiçoado por Deus e se refugia no país de Node, onde fica sob os cuidados de Lilith (a “primeira mulher” expulsa do paraíso). Ela fora a responsável pelo despertar de Caim, o abraçando e lhe dando de seu sangue para beber, o fazendo cair em um profundo abismo. Em meio à escuridão, Caim recebe a presença de vários anjos de Deus exigindo que ele pedisse perdão a Deus,  certo de suas convicções, Caim preferiu sofrer as punições conferidas pelos anjos a postar-se perante ele,por esta razão foi condenado a vagar eternamente pela Terra sempre temendo a luz e principalmente ao Sol.


 Diferente do que podia se esperar, Caim sobreviveu a tudo isso, graças em parte à Lilith, que lhe ensinou aquilo que ficou conhecido como Disciplinas vampíricas e lhe deu conforto e amor. Depois de algum tempo, Caim se rebelou contra Lilith, por não querer mais obedece-la, e foi viver sozinho. Nesse meio tempo ele conheceu outros seres mágicos, tais como Licantropos, Fadas, Demônios, etc. até encontrar seu primeiro amor, Zillah. Nesta época ele encontrou também Crone, pessoa na qual o colocou sob um Laço de Sangue e ensinou-lhe o Abraço. Caim permaneceu sobre tal Laço por um ano e um dia, até atravessar Crone com uma estaca de madeira zillah foi deixada na esperança de que o Sol a dizimasse. Só então aconteceu a criação da Primeira Cidade. Em sua solidão, Caim construiu uma cidade, batizada de “A Primeira Grande Cidade”, chamada de Enoch, e gerando três progênies, dando parte de seu sangue para eles. Estes vampiros de Segunda geração (Caim foi o primeiro) tinham que beber sangue mortal de tempos em tempos para manter vivo o poder do sangue de Caim. Os três vampiros geraram outros, os de terceira geração (os 13 Antediluvianos), que precisaram beber sangue mortal com mais constância que os de segunda. Caim ordenou a todos que parassem as procriações, pois realmente acreditava que isso era uma maldição, e  assim foi, durante um grande tempo, até que um dia veio o Dilúvio que acabou com grande parte da “Primeira Grande Cidade” e os vampiros de terceira geração se revoltaram e caçaram os vampiros de segunda geração, matando-os um a um.

 Os anciões já estavam bem protegidos em seus esconderijos, pois haviam aprendido a cautela. Mas já os filhos que haviam criado suas próprias cidades e proles, morreram na violenta maré de guerra. A guerra foi tão absoluta, que daquela geração não restou ninguém para relatar sua história. Ondas de carne mortal foram enviadas através dos continentes. Para esmagar e queimar as cidades da família. Os mortais pensaram estarem lutando suas próprias guerras, mas era por nós que derramavam o seu sangue. Depois que essa guerra acabou, todos da família esconderam-se uns dos outros, e dos humanos que os cercavam. estes, então, começaram a gerar outros vampiros, que consequentemente geraram outros, mas com mais dificuldade, uma vez que o sangue de Caim ia se diluindo conforme as gerações iam passando. Chegou um ponto que o sangue vampírico não substituía mais o sangue mortal, e foi preciso retirar todo o sangue da pessoa que fosse pretendente à maldição, antes de dar-lhe o sangue Bestial.






AS SEITAS
  
  Na tentativa de manter a sociedade vampírica unida contra o poder da Inquisição no século XV, a tradição da Máscara evoluiu de uma sugestão cautelosa para o princípio condutor da sobrevivência dos membros. Mas nem todos os membros aceitariam se esconder entre os mortais e manter os destroçados vestígios de sua humanidade, recusando-se a se acovardar frente aos humanos como cães assustados ou agir como peões nos esquemas dos anciões. Com essa divisão, foram criadas sociedades secretas. Uma dessas sociedades é a chamada Camarilla que rege sob liderança de ferro as seis tradições, que segundo os conceitos da seita (assim chamados essas sociedades) foi à sobrevivência dos membros da idade das trevas. Evidentemente há aqueles que não concordaram com a regência de uma única família, e se destacaram. Com a Revolta Anarquista e o tratado assinado na Convenção dos Espinhos em 1493, houve aqueles que não se recusaram a render-se, escolhendo fugir para reagruparem-se. Quando reapareceram, eles haviam se tornado abominação conhecida como Sabá. É certo que as duas seitas jamais chegariam a uma trégua. A Camarilla é a maior seita de vampiros, mas nos últimos anos vem tendo seus territórios ameaçados pelo Sabá. Guerras violentas estão sempre sendo travadas, mas é claro que a Camarilla procura mantê-la no mais completo sigilo para Não despertar o interesse dos humanos e muito menos da Igreja. Pois se lembre: a Inquisição ainda não acabou para esses imortais. Há aqueles que procuram apenas observar os dois lados brigarem no campo de sangue. Os chamados Independentes compartilham de uma forte aversão quanto à “escolherem um lado” da Jyhad. Obviamente, alguns dos mais jovens membros de cada clã podem ser encontrados tanto entre a Camarilla como entre o Sabá, Contudo, os anciões dos Clãs independentes planejam em prol de seus próprios objetivos imperscrutáveis, objetivos que seriam retardados por conceitos insensatos como o da submissão das seitas.

A MASCARA DA CAMARILLA

Camarilla tem como objetivo de manter a sociedade vampírica a salvo de qualquer perigo, impondo assim as seis Tradições, que são a legislação universal da seita. Espera-se que todos os neófitos da Camarilla aprendam e entendam as Tradições. A ignorância não é desculpa quando se trata da infração de um de seus preceitos. As leis são absolutas, qualquer violação tratada com uma retribuição rápida e severa. Ela vê a si mesmo como a verdadeira sociedade dos Membros e está parcialmente correta. Verdadeiramente, a Camarilla se assegura de que todos os vampiros se encontrem sob a sua égide. Sob sua liderança de ferro, a Tradição da Máscara evoluiu de uma sugestão cautelosa para o princípio condutor da sobrevivência dos Membros. A Máscara definia duas premissas, cada qual com uma determinada quantidade de contingências e objetivos menores. Seria exigido cuidado e uma circunspeção razoável de todos os Membros da Família Não podíamos permitir que nada ameaçasse a continuidade de nossa existência; qualquer indivíduo que quebrasse o sigilo sobre ela seria banido e caçado como um perigo para todos
A Camarilla é uma afiliação liberal de vampiros. Os Membros não têm leis, apenas Tradições. De fato, para uma seita que dá tanta importância às tradições e histórias, a Camarilla tem poucas condutas obrigatórias, A maioria delas é abrangida pelas Seis Tradições; os restantes fazem parte do bom senso. Fora isso, os Membros fazem o que querem, dentro de alguns li,itens estabelecidos pelos príncipes locais. O regime da Camarilla é teoricamente o regime dos príncipes. Embora a seita alegue que os vampiros de todo o mundo estão dentro da sua esfera de ação, existem regiões onde o Sabá tem influência quase que total. Além disso, uma vez que a Camarilla não possui um governo centralizado (a não ser pelo Círculo Interno que se reúne esporadicamente e um pelotão móvel de Justicar) a atitude da seita em relação aos seus territórios só pode ser descrita como laissez-faire. Na verdade, muitos anciões dizem, as portas fechadas, que a falta de uma autoridade central na Camarilla é benéfica. Da forma que se encontra, a Camarilla governa com um punho leve e um olho atento na prevenção de desastres, sem criar regulamentos rígidos.
O comércio e as viagens entre as cidades da Camarilla é ativo, embora o primeiro seja normalmente tratado por lacaios mortais. Viagens através de regiões infestadas de Lupinos ou pelo Sabá, são muito difíceis e perigosas, forçando muito vampiros a permanecer séculos em uma mesma metrópole. Os que gostam de peregrinar tem que aprender rápido algumas habilidades de sobrevivência ou em poucos anos encontrarão a Morte Final. Nenhuma restrição legal é imposta sobre tais viagens, exceto pela Tradição da Hospitalidade, permitindo que os Membros aptos desfrutem serenamente dessa atividade. A Camarilla não possui nenhum exército permanente, exceto pelos quadros de Justicar, Arcontes e Alastores, cujo trabalho mais se assemelha ao de espionagem e Serviço Secreto. Cada cidade é responsável por suas próprias defesas, recrutando membros da sua população, para proteger suas fronteiras e territórios. Ocasionalmente uma cidade “empresta” forças para a outra, mas tais manobras são raras, uma vez que a cidade que emprestou a sua força, foi severamente atacada. Socialmente a Camarilla é uma comunidade excessivamente educada, depois da proibição e do controle de derramamento de sangue, ela não podia deixar de ser. Uma das mais altas aspirações dos Membros da Camarilla é dominar a arte do comportamento acintoso praticando insultos, falsos elogios, hipocrisia e ataques à compostura de um vampiro.


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